sexta-feira, 14 de maio de 2021

Artesanato Região Sul do Brasil

 O artesanato da Região Sul é bastante diversificado e sofreu influência de diversas etnias. No Paraná, alguns objetos que possuem grande aceitação preservam as características e tipicidade dessas etnias, a exemplo das pêssankas (ucranianas), e do origami, kirigami, oshibana e ikebana (japoneses). Destacam-se ainda o artesanato em madeira, a tecelagem em cerâmica e em fibras naturais.



Em Santa Catarina, o artesanato apresenta forte influência dos colonizadores alemães e italianos. Destacam-se as técnicas de pintura e a fabricação de porcelana, entalhes em madeira, esculturas e trabalhos em cerâmica.







O artesanato característico do Rio Grande do Sul é representado pela cultura e hábitos do pampa. Entre os materiais empregados no trabalho artesanal está o couro bovino como o principal componente de produtos artesanais, como bainhas de faca, boleadeiras, arreios, botas, guaiacas, malas de garupa, assim como móveis caseiros, como o lastro trançado em couro das camas e os assentos e encostos das cadeiras.

Destaca-se ainda a lã de ovelha, que como matéria prima é a mais representativa do artesanato sul-rio-grandense de inverno, sendo a base para confecções de cobertores, agasalhos, tapeçaria e decoração de ambientes. Também podemos destacar a cuia do chimarrão, bebida típica, elaborada a partir da fruta do porongueiro, o porongo.








quinta-feira, 13 de maio de 2021

Quilling: como fazer e sugestões

 Apesar do Quilling ter origem incerta, a maioria dos relatos aponta que a técnica foi criada na Europa durante a Idade Média, mais precisamente em países como Itália, França e Inglaterra. A princípio, essa arte com papel servia para ornamentar gravuras sagradas. Tempos depois, nos séculos XVIII e XIX, o Quilling se transformou em uma febre entre os jovens inglesas da aristocracia, que apostavam nessa técnica para decorar caixas de chá e até mesmo móveis.

A grande vantagem de fazer quilling é o custo acessível. Você só precisa de tiras de papel leve, cola branca e alguma ferramenta para enrolar as tirinhas. Geralmente os artesãos utilizam palitos de madeira para enrolar as tirinhas de papéis coloridos e obter o efeito esperado.

A técnica de quilling consiste em enrolar tiras de papel em espirais, valorizando diferentes tamanhos e formatos. No exterior, é possível encontrar ferramentas que ajudam no acabamento e na criação de desenhos, bem como tiras pré-cortadas para esse tipo de trabalho manual.

O quilling é uma técnica ainda é pouco conhecido no Brasil, mas aos poucos conquista novos adeptos. Esse tipo de trabalho manual exige tempo, paciência e muita criatividade.

Com tiras de papel simples, é possível criar um design complexo, a partir da técnica de quilling. No entanto, se você está iniciando nessa arte, deve optar por projetos mais básicos e fáceis de executar, como é o caso do quadro com monograma. Veja como fazer esse quilling para iniciantes:

Materiais

  • Tiras de papel quilling nas cores desejadas;
  • 1 folha de cartolina branca;
  • Tesoura
  • Molde da letra
  • Cola branca
  • Pinça

Passo a passo

Passo 1: Primeiro você precisa aprender como cortar papel para quilling. O ideal é que as tiras sejam bem fininhas e tenham a mesmo tamanho. Nessa etapa do trabalho, vale a pena utilizar um cortador de papel.

Os iniciantes também podem adquirir as tiras pré-cortadas no Mercado Livre. Aliás, nesse site de comércio eletrônico existem alguns kits especiais para essa técnica, que incluem não só os papéis coloridos, mas também réguas específicas, pinças, agulhas e fendas.

Passo 2: Imprima a inicial da letra do seu nome, recorte e marque o molde na cartolina branca.

Passo 3: Escolha as formas que você vai fazer com as tiras de papel para preencher a letra. Há muitos padrões possíveis, que geralmente formam espirais.

Passo 4: Utilizando um palito de madeira, enrole as tiras de papel na forma desejada. É importante passar cola no final de cada tira para manter o formato.

Passo 5: Construa uma moldura com papel em torno da letra. Passe cola, fixe as tiras e segure com as mãos, até que fique bem firme.

Passo 6: Passe cola por toda a parte interna da letra e fixe os papéis. Lembre-se de não exagerar na quantidade de cola.

Passo 7: Preencha a letra com as peças de papel, mesclando formas, cores e tamanhos. Faça isso até completar todo o interior do monograma. Uma forma de facilitar a colagem é contar com o auxílio de uma pinça.

Passo 8: Deixe o trabalho secar por algumas horas e enquadre. Use uma moldura normal, mas remova o vidro protetor da frente.
































quarta-feira, 12 de maio de 2021

A História dos desfiles de moda

 

A história dos desfiles de moda remonta à década de 1860 (metade do século XIX), quando o pioneiro designer de moda inglês Charles Frederick Worth usou modelos ao vivo em vez de manequins para apresentar suas criações em Paris.

A origem e história dos desfiles

Neste período, nos primórdios da moda parisiense, não só o estilista Charles Worth (no final do século XIX) buscava novas formas de mostrar suas roupas. Temos ainda  Paul Poiret (no início do século XX) que também brincava com a possibilidade de apresentar suas roupas em ação.

Charles Worth

Paul Poiret




Ao mesmo tempo, Lady Duff-Gordon (projetando sob o apelido Lucile) estava fazendo o mesmo em Londres.

Lady Duff Gordon


 Poiret – conhecido por seus designs opulentos e fluidos – decidiu então, combinar comércio e socialização, lançando uma série de bailes luxuosos em que os participantes eram convidados a se vestir da melhor maneira possível.

Na época, uma das mais notáveis ​​foi a festa The Thousand and Second Night, em 1911, onde Poiret apresentou vestidos com abajures e calças de harém.

Parte do plano de Poiret na Festa das Mil e Segundas Noites de 24 de junho de 1911, sem o conhecimento das 300 pessoas que ele convidou, era justamente realizar um desfile de moda de suas roupas de luxo com convidados servindo de modelo.

The Thousand and second night


Um plano para fazer os convidados usarem suas novas criações

Seus convites especificavam que eles deveriam vestir roupas de estilo persa e que, se recusassem e aparecessem em outros trajes, teriam que sair imediatamente ou trocar de roupa por modelos que ele havia projetado. Eles acharam que era uma ideia divertida.

Poiret encheu seu closet com opções para convidados com os novos vestidos de abajur e calças de harém que ele havia projetado recentemente. Já o estilista, interpretando o papel de um sultão reinante, presenteou cada hóspede com uma garrafa de sua nova criação de fragrâncias, “Nuit Persane”





 Desfiles no Século XX

Já no início do século XX, com a indústria de moda ocupando seu espaço no mercado na Europa e nos Estados Unidos, os criadores de moda passaram a exibir desfiles para um público selecionado. A popularização dos desfiles aumenta à medida que aumenta o prestígio dos costureiros.

Anos 20 e 30

Nas décadas de 1920 e 1930, Paris havia se tornado uma estufa de talentos: da facilidade discreta de Coco Chanel aos experimentos surreais de Elsa Schiaparelli, incluindo os plissados de Madeleine Vionnet.

Elsa Schiaparelli

Madeleine Vionnet

Coco Chanel


Os desfiles tornaram-se então menos uma grande festa, transformando-se desta forma, em eventos muito menores e mais individualizados: cada casa de moda apresentava suas coleções em uma série de modelos, em eventos exclusivamente para clientes. Nasce assim o desfile como conhecemos atualmente.

Para Braga (2006) o cinema nos anos 30 teve ainda, o compromisso de criar novos sonhos e grandes atrizes, muitas vezes consideradas manequins por exercerem também essa função.

Anos 40 – Regulamentação dos desfiles


Depois da Segunda Guerra Mundial, os desfiles de moda de Paris seriam mais regulamentados. Em 1945, o Chambre Syndicale de la Haute Couture estipulou que todas as casas de alta costura deveriam apresentar sazonalmente pelo menos 35 peças noturnas e diurnas. As peças de vestuário estavam disponíveis apenas como feitas sob medida, com um longo processo de pedido e montagem.

Paris estava nervosa com a crescente influência da indústria da moda de Nova York, onde a guerra incentivou o apoio de estilistas norte-americanos na sua primeira Semana da Imprensa em 1943. Mas a capital francesa tinha uma arma secreta: Christian Dior.

Christian Dior


Fotógrafos e o The New Look define tendências de desfiles de moda em Paris

Em 1947, a primeira coleção da Dior – Corolle, que contou com a presença de um grande número de editoras de moda e foi autorizada a ser fotografada – ajudou a redefinir a agenda sartorial com silhuetas exageradas. Afastando o pragmatismo quadrado da guerra, o New Look da Dior era todo volumoso, saias, cinturas pequenas e feminilidade deliberada.

Nos próximos anos, a Dior ajudaria a ditar as novas linhas e formas das roupas femininas, restabelecendo o humor de Paris ao lado de contemporâneos, como Hubert de Givenchy, Pierre Balmain e Jacques Fath.

Pierre Balmain

Jacques Fath

Hubert de Givenchy


Anos 50 – As cópias e a exclusividade

Com a ansiedade alta sobre os desenhos que geralmente eram copiados, os desfiles passaram a estar entre  os assuntos mais guardados. Neste período, totalmente diferente do mundo de câmeras de hoje, os fotógrafos não eram estritamente permitidos!

Os desfiles da alta-costura eram fechadíssimos, muitas vezes exclusivos para clientes especiais. Com a concorrência entre os costureiros, é adotado por cada um deles um estilo de manequim. E em 1950 surge a divisão entre “manequins de desfile” e “modelos fotográficas”, cada uma priorizando um aspecto.

Anos 60

Na década de 1960, outro nome – aquele que cortara seus dentes na casa da Dior – surgia: Yves Saint Laurent. Lançando uma linha de prêt-à-porter em 1966, incluindo seu muito adorado terno de smoking, Saint Laurent sinalizou outra mudança de humor, onde o foco estava firmemente concentrado na cultura jovem (refletido nas coleções da era espacial de Pierre Cardin e André Courrèges, este último incentivando seus modelos a se moverem naturalmente, conforme as roupas). Pronto-a-vestir era o caminho a seguir.

Pierre Cardin

André Courrèges

Yves Saint Laurent


Anos  80

Em 1980, os desfiles chegam não só com o glamour da época, mas com certa liberdade nas passarelas. Vários estilos estão em evidência e os desfiles são chamados de “shows”, cada vez mais inovadores e muitas vezes chamados de grandes espetáculos. Criadores como Jean-Paul Gaultier, Viviene Westwood, Christian Lacroix, Giorgio Armani entre outros fazem verdadeiros acontecimentos, espetáculos disputadíssimos entre profissionais da moda, personalidades e consumidores.

Jean-Paul Gaultier

Viviene Westwood

Christian Lacroix

Giorgio Armani








Anos 90

Em 1990, Linda Evangelista, Claudia Schiffer, Naomi Campbell, Cindy Crawford e outras, tornaram-se ícones de moda da época. E no mesmo período, o estilista francês Thierry Mugler, para comemoração de 20 anos da marca e o lançamento do Angel, faz no teatro parisiense “Ópera Comique” o mais caro desfile que já houve em toda a história da moda, na qual inúmeras top-models e personalidades se mesclavam na passarela. Foram gastos 20 milhões de dólares para esse único desfile. Para concluir o espetáculo de moda, um show com Charles Brown.

Em 10 de julho de 1996, Yves Saint Laurent e os modelos de sua coleção outono – inverno 97 foram apresentados no Fashion Live. Saint Laurent causou polêmica permitindo pela primeira vez, a transmissão de um desfile em tempo real. Pouco depois, o austríaco Helmut Lang optou por realizar seu desfile exclusivamente via internet e cancelou a passarela tradicional. Outro sucesso foi o desfile de John Galliano para Dior na estação ferroviária de Austerlitz, em 1998.



Anos 2000 – História dos Desfiles no Século XI

Para Braga (2006), a partir de então, o ritual dos desfiles se transforma, passa de chás beneficentes de senhoras ricas e concursos de misses, para shows super profissionais que pretendiam valorizar, agradar e surpreender o público participante.

Os desfiles podem ser comerciais, com peças de roupas usáveis, ou podem ser conceituais com criações inusitadas que representa o significado da coleção e o estilo do criador. A passarela de um desfile é muito mais do que apenas o espaço por onde caminham as modelos – assim como a luz e a trilha sonora, ela serve para expor ao público o clima e o ambiente imaginado pelo estilista para apresentar sua coleção.

 Assim como as roupas, uma imagem que deve ser bem elaborada e impactante. Alguns criadores optam por uma passarela simples, pretas ou brancas, mas há quem prefira cenários que reforcem a imagem proposta para a coleção.


Seguem fotos dos desfiles dos anos 80 até 2021.


anos 80

anos 90
2000
2010


2019
2021